Há quase 10 anos Teresa criava a “Maior Paçoca do Mundo” de carne seca e farinha durante o Boa Vista Junina

A maior paçoca do mundo é de Boa Vista/Roraima e tem a marca de Teresa Surita. Ela não é doce, mas de carne seca, farinha, óleo, cebola e sal. É uma das comidas mais conhecidas do roraimense raiz e a iguaria que muitos levam em encomendas para outros estados.

A primeira marca histórica da maior paçoca do mundo foi registrada em junho de 2015 durante o Boa Vista Junina, quando a ex-prefeita Teresa anunciou o peso de mais de 500 kg da comida.

Para a ocasião, foram utilizados 200 kg de farinha de mandioca, 400 kg de carne seca, 120 kg de cebola e 60 litros de óleo. Isso tudo misturado formou um panelão de proporções gigantes e deu origem à “maior paçoca de carne seca do mundo”.

À época, todo o alimento fora distribuído a uma multidão de mais de 20 mil pessoas que acompanhavam atentamente a pesagem em um tacho gigante fixado em um guindaste durante arraial na praça Fábio Marques Paracat.

O sucesso foi tanto que a cada ano a paçoca ficava ainda maior e batia seu próprio recorde. Já em 2016 foram produzidos 775 kg e em 2017 mais 856 kg. A primeira vez que a paçoca passou de 1 tonelada foi em 2018 – os ingredientes pesaram 1.023 kg. Em 2019, antes da pandemia, a maior paçoca pesou 1.050 kg.

“Tudo começou com uma iniciativa nossa para atrair os olhares das pessoas de outros estados para Boa Vista e com isso aquecemos o mercado local”, disse Teresa.

PRODUTOS DA TERRA – A ‘Maior Paçoca do Mundo’ é originária de comunidades indígenas e tem grande representatividade econômica, visto que todo o recurso para a produção da iguaria sempre foi aplicado em ingredientes provenientes da terra. Todos os produtos, desde a produção da farinha, a carne e demais ingredientes eram adquiridos do comércio da região, seja de comunidades indígenas, ou produções de áreas rurais da capital e de outros municípios.

Em segundo debate eleitoral, Teresa se destaca com propostas concretas para Roraima

A candidata ao Governo de Roraima, Teresa Surita (MDB), pela coligação Roraima Muito Melhor, participou neste domingo, 18, do debate promovido pelo Grupo Folha de Comunicação e TV Cultura. Teresa garantiu sua presença, respondeu perguntas do mediador, jornalistas e candidatos. Ela falou das propostas de seu plano de governo para transformar Roraima no melhor estado do Brasil em qualidade de vida.

Teresa afirmou que o foco do seu governo será em resolver os problemas do Estado de Roraima, seja  na infraestrutura, educação, segurança, saúde, geração de emprego, na condição de transformar o estado em um exemplo para o país assim como fez de Boa Vista uma das melhores cidades para se viver.

“Estou preparada para enfrentar esse momento, eu passei por avaliação e fui aprovada várias vezes e trabalhei na prefeitura com orçamento equivalente a Secretaria de Educação do Estado. Quem fez tanto com tão pouco, sabe como dar o resultado para o nosso estado que as pessoas precisam, com qualidade de vida. Esse é o meu compromisso. É resolver o problema do interior, dar apoio ao pequeno produtor, gerar emprego, tirar 130 mil pessoas da pobreza, que passam fome hoje no Estado. É tirar nosso estado do último lugar do Brasil como mais pobre, segundo o IBGE”, afirmou.

Teresa destacou sua história em gestão pública. E ressaltou que durante seus mandatos a frente da Prefeitura de Boa Vista, trabalhou cumprindo com todas as promessas e com seus compromissos, com um programa de governo registrado em cartório.

“Com pouco dinheiro, conseguimos transformar a capital Boa Vista, com 70% da população, onde muitos bairros têm um número maior de pessoas que os municípios e fiz com uma equipe técnica, cuidando de todos, porque um gestor precisa saber cuidar das pessoas e eu sou experiente nisso”, disse.

Ela frisou ainda que tem o sonho de ser governadora porque Roraima pode ser muito melhor do que é hoje. Que sabe como fazer para transformá-lo.

“Eu não sou uma ilusão. Tenho como garantia um trabalho já feito. Não estou vendendo esperança no sentido de esperar, mas sim, esperança para que a gente possa mudar, e é o que eu vou fazer como governadora. Ninguém vai ser esquecido, nem os jovens que estão fora da escola, nem as comunidades indígenas, nem os idosos que não têm um programa social do estado em todos os municípios, nem o pequeno agricultor, que não tem estrada. Vamos dar apoio para eles produzirem. Vamos chegar em todos os lugares, nos mais distantes e resolver os problemas de Roraima. Em quatro anos nós vamos ter um outro Estado. É o meu compromisso com as pessoas”, garantiu.

Na saúde, Teresa afirmou que oferecer um sistema de qualidade à toda população, que vai fazer com que os serviços cheguem nos locais mais distantes e hoje, são esquecidos pelo atual governo. “Vamos transformar o Coronel Mota em um centro de referência, construir uma UPA no Amajari, um hospital infantil em Rorainópolis, uma maternidade para que as mães possam ter seu filhos com dignidade. Vamos promover saúde com qualidade, com dignidade para as pessoas”, afirmou.

“A nossa ação será imediata, vamos dar condições para que nossos jovens tenham educação com qualidade”

Ao falar sobre educação, Teresa disse que esse é um dos pontos mais importantes em que vai trabalhar, pois é uma área de Roraima que está em situação de abandono e não pode mais esperar. “Nas comunidades indígenas as crianças sentam no chão, os prédios não dão a mínima condição de atendimento aos nossos jovens. A nossa ação será imediata, vamos dar condições para que nossos jovens tenham educação com qualidade, vamos promover cursos profissionalizantes, intercâmbio, fazer com que a escola seja atrativa”, pontuou.

Ela falou da dificuldade enfrentada pelos pais quando os filhos saem da educação do município de Boa Vista para a educação do estado e que vai trabalhar para fazer de Roraima um exemplo para o Brasil. “Quero colocar a angustia dos pais que tem filhos na escola muncipal que é 5ª melhor educação do país e no ano seguinte sai para a pior educação do Brasil, o quanto esses jovens regridem na condição do aprendizado. Nosso desafio na educação é urgente, precisamos dar condições e qualidade para os nossos professores, com capacitação permanente, oferecer cursos técnicos e profissionalizantes”, garantiu.

“A Caer despeja esgoto in natura no Igarapé Mirandia, que passa dentro do Parque do Rio Branco”

Dentre os questionamentos, Teresa reafirmou que a Caer não será privatizada. “Pelo contrário, ela será modernizada para  levar serviço de qualidade a todas as localidades do Estado. Pois há localidades que o serviço não chega. Hoje, temos sistemas muito modernos facilmente implantados que podem resolver essa situação. Hoje, a Caer despeja esgoto in natura no Igarapé Mirandia, que passa dentro do Parque do Rio Branco, nosso maior cartão postal do Estado  e isso não pode acontecer”, disse.

Roraima é o pior Estado em desigualdade de renda e o mais pobre do Brasil, de acordo com levantamento do IBGE. Quase 50% da população do estado hoje vive com menos de R$500 por mês. Ao falar sobre economia, Teresa pontuou que Roraima nunca esteve numa situação tão difícil como está agora em relação a condição da pobreza.

“Precisamos tirar o nosso Estado dessa situação de pobreza com ações efetivas”

“O IBGE nos coloca como o Estado que pior faz a distribuição de renda e que menos gera emprego. Precisamos tirar o nosso estado dessa situação com ações efetivas, sociais atreladas as questões econômicas. Roraima tem uma condição expecional para desenvolver o turismo, a agricultura familiar. Vamos dar condições para as pessoas trabalharem, estradas, produção, comercialização. Com o apoio do governo temos a certeza do resultado”, destacou.

“O governo deve assumir as vicinais de RR”, afirma Teresa

Durante reunião no município de Mucajaí, localizado a 57 km da capital Boa Vista, Teresa Surita (MDB), pré-candidata ao Governo de Roraima, criticou a falta de investimentos do governo, que deve assumir a responsabilidade com as vicinais porque as prefeituras não têm condições financeiras para isso. Sem manutenção, tanto os grandes como os pequenos empresários contabilizam prejuízos com a perda de cargas.

De acordo com Teresa, a responsabilidade pelas vicinais sempre foi do Governo. “Quem abriu vicinal em Roraima foi o estado e o Incra. É impossível as prefeituras darem conta de fazer a manutenção ou asfaltar as vicinais. O governo tem seis vezes mais recursos que a capital Boa Vista, imagina a diferença entre as prefeituras do interior”.

Governo deve assumir Vicinais
As prefeituras não têm condições financeiras para cuidar de vicinais

Teresa tem conversado com moradores de todos os municípios de Roraima, a fim de criar o melhor plano de governo para cada região. A pré-candidata tem feito isso através do programa do MDB – Vozes do Interior, que faz um diagnóstico de cada cidade, com os problemas e as soluções apresentadas pela comunidade. E um dos maiores problemas apontados pelos moradores, principalmente, os do sul do estado, além da saúde e educação, é com relação à falta de manutenção nas vicinais, que estão abandonadas e que o governo deixou nas mãos das prefeituras.

População participa de reunião e aponta necessidades para Mucajaí

Durante esse final de semana, mais de 1.200 moradores da sede do município de Mucajaí participaram de uma grande reunião de rua com Teresa Surita. Participaram ainda o pré-candidato ao Senado Federal, Romero Jucá, o pré-candidato a vice-governador, Édio Lopes, a prefeita Nega e outros pré-candidatos.

Durante encontro, Teresa apresentou um diagnóstico da cidade sobre os serviços públicos oferecidos pelo Governo do Estado. Para cerca de 70% da população, o fornecimento de água e esgoto é precário e falta água com muita frequência durante todos os dias. Além disso, 75% da população entrevistada pela equipe do MDB afirma que as pontes de madeira das vicinais estão em péssimas condições.

Para quase 90% dos moradores, o único hospital estadual em Mucajaí, de responsabilidade do Governo, está em péssimas condições. As pessoas apontaram falta de profissionais e medicamentos. Durante internação no hospital estadual, foi necessário comprar insumos para 58% da população entrevistada.

Além do diagnóstico da região, com as precariedades apontadas pelos próprios moradores, Teresa mostrou a quantidade de recursos à disposição do Governo do Estado, em comparação com Boa Vista, capital onde vivem cerca de 70% da população de Roraima.

“Uma secretaria do Governo do Estado, a de Educação, tem mais dinheiro do que toda a prefeitura de Boa Vista para cuidar de todos os serviços de uma capital. Tem alguma coisa de muito errado acontecendo com a gestão do governo, porque as melhorias não chegam até as pessoas”, criticou Teresa.

Governo abandonou vicinais e serviços em Mucajaí

Em Mucajaí, por exemplo, há muitos prédios públicos de responsabilidade do governo caindo aos pedaços. É assim com a Secretaria de Fazenda (SEFAZ), a Casa do Mel, há escolas abandonadas em todo o estado e até interditadas, como é o caso da Escola Estadual Coelho Neto, fechada por falta de manutenção. Além disso, a estrutura da CAER no município está tomada pelo matagal, há ainda imagens do hospital estadual com paredes mofadas, banheiros interditados, portas velhas de madeira, telhados desabando e paredes descascando.

“Durante o nosso Vozes do Interior em Mucajaí, tive a certeza que as pessoas sabem que é preciso mudar e abraçaram a esperança. O nosso sonho de transformar Roraima em um dos melhores estados desse País está cada vez mais perto de se realizar!”, escreveu Teresa em rede social.